Cannabis e Câncer – experiências e perspectivas de tratamentos

Na manhã de domingo, 29 de outubro, o evento abriu com uma mesa sobre o uso da Cannabis em pacientes com câncer.

No segundo dia do III Intercâmbio de Pacientes de Cannabis Medicinal, a mesa foi moderada pelo médico veterinário João Lourenço. Nela, houve a participação do Dr. Leandro Ramires, médico cirurgião oncológico e mastologista, ex-coordenador e médico preceptor da Residência Médica do Setor de Mastologia do Hospital das Clínicas da UFM e da Dra. Andrea Menezes, nutricionista clínica do Hospital de Câncer de Pernambuco, coordenadora do curso de formação em Nutrição Aplicada à Terapia Canabinoide. É professora  no curso de extensão em Endocanabinologia da UFSC e presidente Sociedade Brasileira de Nutrição Endocanabinoide – SBNE. Também participou da mesa Cláudia Amendola, presidente da Associação de Voluntários  do CEPON, Centro de Pesquisas Oncológicas de Santa Catarina.

A Dra. Andrea focou sua fala na importância da modulação nutricional de pacientes com câncer para o uso da Cannabis, afirmando que a nutrição melhora a absorção do remédio, ressaltando a importância de tratar pacientes como pessoas. A seguir, tivemos a apresentação do Dr. Leandro.

O Dr. Leandro Ramires, que atualmente faz a Coordenação Médico Científica da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME), é cultivador de Cannabis para fins medicinais com Salvo Conduto para seu filho Benício, que tem a Síndrome de Dravet. Dr. Leandro iniciou contando a história de como se envolveu com a questão do uso medicinal da Cannabis por causa da doença do filho. Continuou falando sobre o câncer e sobre a importância do apoio das famílias e dos amigos para o tratamento e cura dos pacientes.

Cannabis e Câncer

Além disso, Ramires explicou como o câncer acontece e que a maioria das pessoas que recebem o diagnóstico são curadas. Detalhou a ação dos elementos do óleo nas células cancerosas e que a Cannabis tem efeito antineoplásico.

O especialista ressaltou a importância do tratamento paliativo, da espiritualidade – os que tem fé conseguem aumentar a sobrevida no tempo, dos cuidados e atenção de familiares e da comunidade, da relação do paciente com a doença para o sucesso dos tratamentos. Complementou dizendo que quanto maior o número de especialidades complementares no tratamento paliativo, melhor. Concluiu sua fala dizendo: “o que falta é clareza”.

Na sequência, Claúdia Amendola, presidente da AVOC falou sobre o trabalho da Associação, que tem como carro chefe confeccionar perucas para as pacientes do CEPON. Também doam aos pacientes cachecol, luvas, toucas, roupas e material de higiene. Fazem bazar e outras atividades para arrecadar recursos que são destinados a reformas e manutenção do Hospital.

As atividades foram encerradas para o almoço. À tarde aconteceu a apresentação das organizações apoiadoras e o depoimento de pacientes, um momento sempre afetivo e que impressiona pela mudança que o tratamento traz para a vida dessas pessoas doentes e de familiares. 

Já na mesa da tarde, a fala foi de Paulo Henrique Coelho, técnico de operações da Coordenação Técnica e Agrícola da AMA+ME, coordenador do Polo Produtor e vice-presidente da Associação Cannabis Sem Fronteiras.

O ativista falou sobre o movimento que busca a liberdade da planta. “A crença é que move!” Falou importância da luta pela liberdade espiritual que todo ser humano deve ter para se desenvolver. Seu trabalho é dar acesso ao produtos da Cannabis para aliviar o sofrimento das pessoas e animais. Acredita no poder da planta como algo que é espiritual e proibi-la é ignorar sua divindade.

Liberdade para a Planta!

Conheça nosso parceiros

Histórias do III Intercâmbio

Registros Fotográficos

Fotografia por Jaqueline Canabarro, Ursa Mor Fotografia com Alma
Recreação infantil durante todo o Intercâmbio com @TiAbacaxi e Rick @PedraSonora
Textos por Vivianne Amaral
Edição Equipe Dando Flor